A cada encontro, dois convidados vindos de campos distintos do conhecimento dialogam com a regência de dois mediadores, José Castello e Flávio Stein. Os “conversadores” não se apresentam só como especialistas – na filosofia, na literatura, nas ciências, nas religiões. Nós os recebemos, antes de tudo, como cidadãos. Seres humanos que habitam nosso convulso presente.
O encontro tem como eixo uma pergunta simples, mas aguda, que trate de nossos desafios cotidianos e de nossas perplexidades contemporâneas. Em cena, eles se encontram para exercitar a arte do diálogo. Na esperança não de dissolver e camuflar suas divergências e contrastes, mas, ao contrário, de experimentar novos laços, pontes e conexões entre suas diferenças.
A semente foi plantada em 2020, ainda sob o nome Diálogos Imprevisíveis, com a presença dos convidados: Joca Terron, Marcelo Gleiser, José Pacheco, Sidney Rocha, Ailton Krenak e Viviane Mosé . Em junho de 2021, iniciou-se um segundo ciclo com realização da associação sem fins lucrativos Escola Livre – contando com 14 conversadores que trouxeram riquíssimas reflexões – e foi finalizado em janeiro de 2022.
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O projeto tem apoio do Instituo Estação das Letras e do Jornal Rascunho.
CONVERSADORES ANFITRIÕES
José Castello é escritor e jornalista. Colunista do suplemento “Pernambuco”, do Recife, e do mensário “Rascunho”, de Curitiba. Foi colunista do “Prosa & Verso”, de O Globo, e cronista do “Caderno 2”, de “O Estado de S. Paulo”. Autor, entre outros, do romance “Ribamar” (Bertrand Brasil, 2010) e de “Dentro de mim ninguém entra” (Editora Berlendis, 2015).
Flávio Stein é mediador de leitura, leitor público, músico e encenador teatral. Formado em Letras, com ênfase em Estudos Literários, e com mestrado em processos de leitura pela UFPR. Formado pelo Conservatório Musical Brooklin Paulista, atua também nas áreas de Música, Teatro e Ópera como diretor musical, teatral e dramaturgista, tendo participado de mais de 50 espetáculos no Brasil e no exterior.
CONVERSADORES CONVIDADOS
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DOR OU AFETO?
Editoras parceiras
SOLIDÃO OU CONEXÃO?
ÓDIO OU EMPATIA?
MEDO OU CORAGEM?
DESISTÊNCIA, RESISTÊNCIA OU ESPERANÇA?
DÚVIDA OU CERTEZA?
URGÊNCIA OU LENTIDÃO?
Uma indagação do real
O Diálogos Urgentes é um espaço para o diálogo franco e informal, guiado pelo respeito às diferenças e pela escuta serena do outro. Encontros não em busca de respostas prontas e definitivas, mas à procura de perguntas, que se multipliquem em novas perguntas e que, assim, ampliem e potencializem – em um tempo de brutalidade, negação e cegueira – a arte de pensar.
O PROJETO
"Que o diálogo nos alimente e nos ajude a compreender e a conviver melhor com o país em que vivemos. Que nos ajude a reconstruí-lo. E que, sobretudo, possa nos ajudar a desenhar novos caminhos e perspectivas para o presente."
José Castello e Flávio Stein
Fale conosco
contato@escolalivre.org
Durante as transmissões ao vivo do Diálogos Urgentes foram realizados sorteios de livros oferecidos por editoras parceiras do projeto.
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A pandemia e o medo da morte, as convulsões políticas, a miséria que se alastra, a vida cada vez mais acelerada e insana produzem uma dor que parece ir além do que somos capazes de suportar. Para carregar tanta dor, precisamos, cada dia mais, do afeto. Os amores e as amizades, porém, não solucionam a dor, que parece não ter fim. Também não devem servir para encobri-la, ou disfarçá-la. Como enfrentar a dor, desafiá-la, lutar contra ela, sem perder a capacidade de amar? De outro lado... como anda nossa capacidade de sentir afeto? Afeto pelos amigos, por desconhecidos, por situações? O que o afeto por uma criança, por exemplo, nos diz da vida? Dor ou Afeto? Como temos convivido com estes sentimentos?
DOR OU AFETO?
Agendas, prazos, balancetes, reuniões, promessas, dívidas - a cada dia, corremos mais. Mas será que essa correria nos faz, de fato, avançar? Diante de tantas pressões e tantas cobranças, parece que só a lentidão nos salva. A lentidão, a concentração, a posse de si. Mas será isso possível em um mundo que se guia pela miragem dos resultados? No mundo da performance a qualquer preço, faz sentido parar e contemplar?
URGÊNCIA OU LENTIDÃO?
Vivemos um tempo dominado pelos fundamentalismos - que vêem a dúvida, sempre, como algo perigoso, ou mesmo malévolo. Contudo, a dúvida também traz alguns riscos: pode ser paralisante, pode nos atolar em perguntas e mais perguntas que não nos tiram do lugar. Até onde é bom ter certezas? Até onde é bom duvidar?
DÚVIDA OU CERTEZA?
SOLIDÃO OU CONEXÃO?
ÓDIO OU EMPATIA?
Na convulsão do contemporâneo – pandemia, desordem política, caos econômico e social -, o que é mais sábio: refugiar-se na solidão e na introspecção, ou, ao contrário, lançar-se nos apelos das redes e do engajamento?
Em um presente regido pela barbárie e pelo inaceitável, que nos baqueia a alma e nos agita, o que será mais eficaz: arrancar forças da raiva, da agonia e do ódio, ou, ao contrário, apegar-se a, ainda que frágeis, laços de solidariedade e de empatia?
MEDO OU CORAGEM?
DESISTÊNCIA, RESISTÊNCIA OU ESPERANÇA?
Em uma época de impasses e conflitos intensos, nosso coração fica dividido. O cansaço extremo, muitas vezes, nos traz a vontade de desistir. A indignação nos desperta, ao contrário, o desejo de resistir. Há ainda um terceiro caminho: mesmo tensos e até imobilizados, podemos, pelo menos, nos agarrar às utopias e à esperança. O que fazer com nosso coração despedaçado?
À beira do colapso e da catástrofe, medo e coragem se alternam em nossos espíritos. O que fazer? Entregar-se às advertências instintivas do medo, optando pelo refúgio e pela segurança, ou, ao contrário, lançar-se nos arroubos e impulsos que caracterizam a coragem?